PLANTAS E ERVAS PARA TER EM SUA CASA

5/5 - (12 votes)

 

 

 

Desde o seu surgimento, o Homem faz uso de diversas plantas que possuem poderes medicinais. São dezenas de espécies que, quando conservadas da maneira correta, podem ser utilizadas com diversas finalidades, garantindo verdadeiros efeitos que beneficiam a nossa saúde. Confira as principais plantas e ervas medicinais e seus efeitos.

Desde sempre o homem faz uso de plantas para tratar os mais diversos tipos de doenças. Essa prática tão antiga permanece sendo muito utilizada nos dias atuais.

Acontece que, de fato, algumas espécies realmente fazem bem e garantem verdadeiros efeitos que beneficiam a nossa saúde. No entanto, é importante estar atento e desacreditar da história de que tudo que é natural não faz mal. Na realidade não é bem assim!

Muitas plantas precisam de alguns recursos químicos para se defender, como por exemplo os alcaloides para afastar predadores, por serem tóxicos e amargos. Ou ainda óleos essenciais que são utilizados para atrair aves para a polinização. Algumas dessas substâncias podem sim atuar de forma positiva em nosso organismo, mas, outras podem provocar sérios danos.

É importante esclarecer também que os termos plantas medicinais e fitoterápicos são coisas diferentes.

 

AGRIÃO

 

 

Nome científico: Nasturtium officinalis

 

O agrião, verdura com sabor amargo e bastante consumida pelos brasileiros, desempenha uma excelente contribuição para a saúde, contribuindo como anti-inflamatório natural das vias respiratórias, e tendo seu consumo bastante indicado para o tratamento das bronquites crônicas. O vegetal também age contra a nicotina, e possui poder diurético. Ele ainda contribui no tratamento de gengivites, aftas, eczemas e acne, melhorando a digestão e ajudando a tratar a tosse. Quando ingerido, o agrião ajuda na limpeza das vias respiratórias porque libera substâncias expectorantes. Geralmente consumido em salada, o agrião ainda pode ser utilizado no preparo de sucos e chás.

Atenção: gestantes não devem consumir a infusão de agrião, já que o mesmo possui ações abortivas. Quando consumida em excesso, a planta ainda pode causar irritação à mucosa das vias urinárias e do estômago. Portanto, aqueles que sofrem de úlceras ou doenças renais inflamatórias não devem ingerir agrião.

Alfazema

 

 

Nome científico: Lavandula spp

 

A alfazema já era usada na Antiguidade, quando era utilizada nos banhos gregos e romanos, já que suas flores possuem um aroma muito agradável e calmante. O óleo essencial da planta é carregado com mais de 150 compostos que desempenhas efeitos positivos, desde o combate à falta de apetite a até o combate à insônia. A alfazema também é benéfica para quem sofre de cistite e inflamação na bexiga. As folhas da alfazema são utilizadas no preparo de remédios que combatem a conjuntivite. Já as suas flores são utilizada nos remédios para a bronquite, tosse, enxaqueca e queimaduras. A mistura de óleo de amêndoa com essência de alfazema ainda pode ser utilizado para massagear o corpo, proporcionando uma sensação relaxante que pode beneficiar o sono. Todos esses fatores fazem com que a alfazema integre a lista das principais plantas medicinais.

Atenção: o chá de alfazema não deve ser consumido em excesso, já que pode causar irritação no estômago. Outro fator que deve ser levado em consideração é o de que algumas pessoas possuem alergia ao óleo essencial da planta.

 

Alcaçuz

 

 

Nome científico: Glycyrrhiza glabra

 

O alcaçuz possui um sabor bem doce, e é utilizado pela humanidade há pelo menos três mil anos, nas regiões da Europa e Ásia. O sabor doce do alcaçuz é tão forte que ele ultrapassa o sabor da cana em em 15 vezes. Dentre os seus poderes medicinais, podemos citar o seu combate à coceira na garganta das crises de tosse, e sua contribuição no combate às úlceras gástricas. Anti-inflamatório e anti-séptico, o alcaçuz é bastante utilizado no combate aos diversos problemas pulmonares, podendo ainda ser aplicado em casos de bronquite, artrite e reações alérgicas.

Atenção: a dose diária de alcaçuz não deve ultrapassar os 6 gramas, caso contrário, há risco da pressão sanguínea subir. A planta não deve ser consumida por aqueles que sofrem de problemas cardíacos, bem como pelos hipertensos e mulheres grávidas.

 

Alcachofra

 

 

Nome científico: Cynara scolymus

 

A alcachofra é fonte de cálcio e ferro, contribuindo para a recomposição dos sais minerais no nosso organismo. Além disso, ela é um bom antioxidante para o fígado. É indicada para pessoas diabéticas, bem como quem sofre de arteriosclerose, afecções urinárias, obesidade, hipertensão e reumatismo. Tanto as suas folhas como as suas brácteas e raízes podem ser usadas.

 

Alecrim

 

 

Nome científico: Rosmarinus officinalis

 

O uso do alecrim remonta desde os tempos antigos. Na Grécia Antiga, a planta já era utilizada no preparo de cosméticos, incensos e até mesmo enfeites de coroas. O alecrim é uma erva rica em óleos essenciais, como a cânfora e o limoneno. Atualmente a erva é popularmente utilizada na medicina no preparo de compressas, ajudando a aliviar hematomas e contusões, além de diminuir as dores provenientes das doenças articulares e reumáticas. Os seus princípios ativos ainda parecem combater enxaquecas, lapsos de memória e até a baixa imunidade.

Atenção: o alecrim pode irritar a pele de pessoas sensíveis, quando utilizado topicamente. O óleo desta planta jamais deve ser ingerido, e possui efeito abortivo quando consumido em altas dosagens. Pessoas epiléticas não devem fazer uso da erva.

 

Alho

 

 

Nome científico: Allium sativum

 

O alho também integra a lista das principais plantas medicinais, uma vez que ele contribui para a redução do colesterol alto, atuando como um antisséptico e expectorante natural. Além disso, o seu consumo aumenta a imunidade e alivia os problemas circulatórios. O alimento é rico em vitaminas A, C, B1 e B2, além de ser fonte de minerais como o iodo e o enxofre.

Quando o bulbo do alho é triturado, o aminoácido aliina resulta na produção da alicina, a substância responsável pelo seu característico cheiro. Segundo pesquisas recentes, o alho ainda é um anticancerígeno poderoso, quando consumido cru.

Atenção: algumas pessoas possuem alergia ao alho. O consumo do vegetal ainda não é recomendado para aqueles que sofrem de úlcera, gastrite, hipoglicemia e pressão baixa. O alho também não deve ser consumido nos dez dias anteriores à qualquer cirurgia, já que ele favorece a ocorrência de hemorragias. Quem faz uso de anticoagulantes também não devem ingerir o vegetal.

Arnica

 

 

Nome científico: Arnica montana

 

A arnica é popularmente conhecida pelo fato de ser utilizada na pomada que trata machucados. Usada há muitos anos com finalidades medicinais, a arnica é um excelente remédio para hematomas e manchas roxas, já que possui quercetina, uma substância que contribui para o aumento da irrigação sanguínea e da resistência dos vasos. A arnica ainda possui inilina, um componente que, quando utilizado com a quercetina, contribui para o alívio das dores. Desta forma, a planta não somente elimina as manchas, como contribui para a remoção dos coágulos. Problemas de pele, como a furunculose e a acne, também são tratados com a arnica. Gota, tendinites e dores reumáticas também são aliviadas com o uso deste poderoso vegetal.

Atenção: pelo fato da arnica possuir compostos tóxicos, a sua tintura não deve ser consumida de nenhuma maneira, bem como as flores e folhas da planta não devem ser utilizadas no preparo de chás. A arnica também não deve ser aplicada em feridas abertas. Os efeitos colaterais da planta incluem aumento da pressão arterial, vômitos e aborto. Mulheres gestantes e que amamentam, portanto, não devem fazer uso da planta. A arnica ainda é um potencializador de sangramentos, principalmente no caso das pessoas que tomam remédios anticoagulantes e, portanto, deve-se tomar cuidado com o seu uso. Por fim, a arnica nunca deve ser usada com outras ervas, pois a mistura pode causar alteração na função das plaquetas.

Babosa

 

 

Nome científico: Aloe vera

 

A babosa, ou Aloe vera, é famosa por compor diversos shampoos e cremes, produzidos com a polpa branca proveniente das suas folhas. A babosa possui dois princípios ativos, a antraquinona e a aloeferon. A antraquinona desempenha uma função antisséptica, enquanto a aloeferon contribui para a multiplicação celular. A planta ainda ajuda a cicatrizar feridas. Este vegetal ainda ajuda a combater a caspa, os piolhos e as lêndeas. Diversos testes têm sido feitos a fim de constatar os efeitos benéficos da babosa no tratamento de queimaduras e inflamações.

Atenção: a babosa é uma planta que jamais deve ser ingerida, já que contém resinas que causam irritação ao intestino e ao estômago, causando hemorragias, cólicas e nefrites. A babosa também parece ser tóxica para o fígado.

 

Boldo-do-Chile

 

 

Nome científico: Peumus boldus

 

O Boldo-do-Chile é fonte de boldina, um componente responsável pelo estímulo da secreção de bile, substâncias que o fígado produz e que atua na quebra das gorduras. Deste modo, a planta contribui na digestão e, indiretamente, nas funções hepáticas. Entretanto, as folhas desta planta não devem ser aquecidas por muito tempo. Para que você obtenha benefícios à digestão, bata as folhas com água e beba no mesmo momento. Este vegetal ainda atua como anti-inflamatório, inibindo a síntese da prostaglandina. No Chile, os frutos da planta são consumidos como alimento, e não devemos confundir o Boldo-do-Chile com o falso-boldo, uma espécie facilmente encontrada nos jardins e hortas no Brasil.

Atenção: o Boldo-do-Chile não deve ser utilizado de maneira exagerada, e sim em casos de mal-estar, já que, quando utilizada em excesso, a planta causa intoxicação hepática. Mulheres grávidas, assim como pessoas que sofrem de asma, problemas no fígado e distúrbios renais também devem evitar o Boldo-do-Chile.

Calêndula

 

 

Nome científico: Calendula officinalis

 

Indícios apontam que a calêndula foi utilizada na guerra civil americana, no século XIX, no tratamento das feridas dos combatentes. O seu perfume suave e sabor amargo são características desta planta, que oferece benefícios à pele, e é amplamente utilizada na indústria de cosméticos. Além disso, a tintura da calêndula alivia os sintomas dos traumatismos, assim como sua utilização em pomadas e compressas tratam varizes e furúnculos. A planta ainda contribui para a regularização da menstruação e ameniza as cólicas. As finalidades medicinais da planta ainda incluem seu uso no tratamento de fungos, escaras e acnes, contribuindo assim para a prevenção de assaduras em crianças e para o alívio de queimaduras leves, incluindo as causadas pelo sol.

 

Camomila

 

Nome científico: Matricaria chamomilla

 

A popularidade da camomila e a sua utilização no preparo de chás garantem a ela o posto de uma das principais plantas medicinais, já que a erva é amplamente utilizada com a finalidade de diminuir cólicas, agindo ainda como um anti-inflamatório natural, já que ela possui camazuleno, um óleo essencial que é fonte de propriedades anti-inflamatórias. As flores da camomila ainda garantem substâncias emolientes, que ajudam a pele a se manter hidratada. Por estes motivos, a camomila é amplamente utilizada pela indústria na fabricação de cosméticos diversos, como shampoos, sabonetes e colônias. A planta também é utilizada com tônico digestivo, facilitando assim a eliminação dos gases e estimulando o apetite. A infusão concentrada de camomila é utilizada em bochechos, tratando a inflamação das gengivas. Por fim, o vegetal ainda auxilia no alívio às dores musculares, dores na coluna e dores ciáticas.

Atenção: algumas pessoas apresentam alergia à camomila. Quando consumida em excesso, a planta pode causar enjoo, vômitos e mal-estar. Mulheres gestantes devem evitar o seu consumo, bem como aqueles que ingerem remédios anticoagulantes.

 

Canela

 

 

Nome científico: Cinnamomum verum

 

A canela, alimento muito querido e bastante saudável, foi a especiaria mais procurada no continente europeu do século XVI. Utilizada até hoje na culinária e na indústria cosmética, incluindo sabonetes e perfumes, a casca marrom do tronco de canela ainda é um remédio natural. Na China, há quatro mil anos, o alimento já era utilizado no tratamento de problemas gastrointestinais e até mesmo cólicas menstruais. O óleo essencial da canela é rico em cinamaldeído, agindo como combatente de diversos fungos e micro-organismos. Ele ainda é capaz de inibir moléculas envolvidas no processo inflamatório. Portanto, quando você sofrer de gases e má indigestão, lembre-se da canela!

Atenção: a canela pode causar reações alérgicas às pessoas mais sensíveis.

 

Capim-limão

 

 

 

Nome científico: Cymbopogon citratus

 

O capim-limão é originário da Ásia, sendo usado como condimento na Tailândia, por exemplo. Na América do Sul, esta planta é uma das mais utilizadas na medicina popular, servindo como analgésico e tratando problemas gastrointestinais. O capim-limão pode ser ingerido como sedativo leve, e é conhecido como falsa erva-cidreira, apesar destas duas plantas serem diferentes na aparência. A confusão se dá devido ao fato de ambas possuírem um forte cheiro cítrico. A planta é indicada para auxiliar o trabalho estomacal e expulsar os gases, além dela ser um analgésico e um anti-reumático natural.

Atenção: apesar de seguro, o capim-limão deve ter seu consumo evitado por gestantes, bem como nos casos de dores abdominais de origem e causa desconhecidas.

 

Carqueja

 

 

Nome científico:Baccharis genistelloides

 

Muito popular no Brasil, a carqueja supostamente chegou às nossas terras através dos africanos escravizados. Ela é uma boa opção para quando a refeição pesada cai mal. Os óleos essenciais desta planta, como o carquejol, atuam positivamente nas células hepáticas, contribuindo para o aumento da produção de bile. A carqueja ainda é fonte de componentes amargos, favorecendo assim a digestão e o trabalho do fígado. Ela também garante um efeito diurético, ajudando na eliminação das toxinas. Outros benefícios responsáveis pela integração da carqueja na lista das principais plantas medicinais incluem a redução da taxa de açúcar no nosso sangue, além dela ser fonte de propriedades anti-úlcera e anti-inflamatórias, contribuindo no tratamento de artrites.

Atenção: apesar dos estudos não apontarem toxicidade hepática ou renal, a carqueja pode causar queda na pressão arterial. Devido a este fato, ela não deve ser utilizada por aqueles que têm problemas de pressão baixa, bem como por aqueles que consomem remédios contra a hipertensão. A planta também é contraindicada nos casos de diarreia crônica. Devido à falta de estudos conclusivos, gestantes devem evitar o seu consumo, especialmente no primeiro trimestre da gravidez.

Cáscara-sagrada

 

 

Nome científico: Rhammus purshiana

 

A cáscara-sagrada é uma espécie originária da região oeste dos Estados Unidos, tendo sido muito utilizada pelos índios daquela região. Entretanto, o seu nome de batismo foi dado pelos colonizadores espanhóis. O uso da planta é indicado para aqueles que sofrem de prisão de ventre, mas a cáscara-sagrada também é um ingrediente utilizado nas perigosas fórmulas emagrecedoras. No Brasil, podemos encontrar a planta mais facilmente na forma de extrato, geralmente comercializados nas casas de produtos naturais. Seus benefícios medicinais ainda incluem atuação de tônico digestivo. Porém, a planta não deve ser utilizada imediatamente após ter sido colhida, e sim após ficar em uma estufa a 100 graus Celsius por pelo menos uma hora, ou após um processo de envelhecimento de, no mínimo, um ano de duração.

Atenção: a cáscara-sagrada deve ser consumida por pouquíssimos dias, já que seu uso contínuo pode prejudicar as terminações nervosas do nosso intestino, fazendo com que ele deixe de funcionar sozinho. Gestante e mulheres que amamentam, bem como pessoas que sofrem de doenças inflamatórias intestinais e/ou de dores abdominais com origens desconhecidas, não devem fazer uso dela. O seu uso prolongado ainda pode causar perda de potássio, potencializando assim as arritmias cardíacas. Pessoas que tomam medicamentos para o coração e/ou anti-inflamatórios também não devem ingerir.

 

Coentro

 

 

Nome científico: Coriandum sativum

 

O coentro, presenta na cozinha tipicamente nordestina, sendo um ingrediente de diversos pratos daquela região, como o vatapá, foi trazido para o Brasil pelas mãos dos africanos escravizados. Após este evento, o tempero se popularizou por todo o país, especialmente na Bahia. Além de condimentar diversos pratos da culinária brasileira, o coentro traz benefícios à saúde, como melhor funcionamento digestivo e alívio das cólicas estomacais. Isso é possível pelo fato dele ser fonte de mucilagens, substâncias que ajudam a mucosa do intestino e do estômago a ficar protegida. Seu uso também é indicado para controlar a ansiedade.

Atenção: as folhas do coentro não devem ser consumidas em quantidades exageradas, já que esta condição as tornam tóxicas. Para que o efeito medicinal seja obtido, é recomendado que as sementes do coentro sejam utilizadas, pois elas também proporcionam alívio aos problemas digestivos.

 

Confrei

 

 

Nome científico: Symphytum officinale

 

O chá de confrei foi bastante usado na década de 80 com a finalidade de se combater úlceras e também controlar o diabetes. Entretanto, após diversos relatos sobre os efeitos colaterais sérios, o confrei perdeu sua popularidade. O que acontece é que por ser rica fonte de alcaloides, a planta pode intoxicar o fígado, além de causar cirrose. Infelizmente, devido à sua fama de vilão, o confrei teve os seus benefícios ofuscados.

Dentre eles, podemos destacar o fato do vegetal ser fonte de alantoína, um composto que estimula o processo de regeneração dos tecidos, o que lhe garante o posto de cicatrizante natural. A planta jamais deve ser ingerida, inclusive sendo isto proibido pela lei. Portanto, o confrei deve ser usado apenas em compressas.

Atenção: para o seu uso medicinal, as folhas da planta devem estar frescas e bastante verdes, além de devidamente mantidas em vidros fechados, longe da umidade. O confrei é contra-indicado para mulheres grávidas e crianças, e seu uso não deve ultrapassar dez dias consecutivos.

 

Cravo-da-Índia

 

 

Nome científico: Syzygium aromaticum

 

Apesar do nome, o cravo-da-índia foi usado pela primeira vez pelos chineses, que faziam uso da especiaria não somente para condimentar os alimentos, como com finalidades médicas. Devido ao aroma forte do cravo-da-índia, ele também era utilizado na fabricação de incensos e perfumes. No século XVI, o cravo-da-índia tornou-se uma mercadoria de valor bem alto, motivo que virou uma disputa entre Portugal e Holanda.

A planta chegou no Brasil junto dos colonizadores portugueses, e hoje é utilizada amplamente. O seu óleo, por exemplo, é utilizado como analgésico na odontologia, bem como anti-séptico. Além disso, o óleo é fonte de eugenol, conseguindo assim deter a inflamação das mucosas e combater os inchaços. Há indícios de que a planta possua ainda uma ação anticoagulante, impedindo que as plaquetas se agreguem.

Atenção: Gestantes devem consumir o cravo-da-índia apenas em porções médias, já que quando consumido em excesso, o alimento pode provocar contrações no útero. O óleo do cravo-da-índia jamais deve ser consumido.

 

Cupuaçu

 

 

Nome científico: Theobroma grandiflorum

 

O cupuaçu é originário da Amazônia brasileira, e seus frutos são bastante utilizados no preparo de diversas receitas como sorvetes, sucos e até mesmo geleias e bombons, especialmente na região Norte do Brasil. Seu consumo é recomendado, já que o alimento é muito nutritivo. Fonte de fósforo, ferro e proteínas, o cupuaçu ainda contribui para a formação de novas células. Rico também em vitamina C, o vegetal contribui para o sistema imunológico, além de combater gripes. A ingestão de cupuaçu também garante a obtenção de vitaminas do complexo B, que tonificam e auxiliam no processo de formação das hemáceoas. Já os taninos combatem as inflamações.

 

Dente-de-leão

 

 

Nome científico:Taraxacum officinale

 

As principais características deste vegetal que faz parte das principais plantas medicinais são suas flores amarelas e folhas amargas que podem ser consumidas em saladas. Na China antiga, o dente-de-leão era considerado um remédio poderoso contra as diversas doenças nas mamas. Hoje em dia, o dente-de-leão é bastante utilizado no preparo de chás, já que ele pode aliviar distúrbios digestivos. O dente-de-leão é capaz de estimular a produção de bile, ajudando assim na digestão das gorduras. Seus benefícios incluem ação diurética e laxativa.

Atenção: Gestantes e crianças com menos de 2 anos, bem como indivíduos que sofrem de cálculos na vesícula, não devem consumir dente-de-leão. Pessoas cardíacas e que sofrem de hipertensão devem consumir a planta de forma moderada, já que ela possui efeito diurético. Alguns efeitos colaterais incluem náuseas, queda de pressão, vômitos e reações alérgica.

Erva-cidreira

 

 

Nome científico: Melissa officinalis

 

A erva-cidreira também recebe o nome de melissa, e é uma erva que merece que a sua atenção na hora de comprá-la seja redobrada, já que é comum que ela seja confundida com a melissa-bastarda ou com o capim-limão. O chá de erva-cidreira é excelente no combate de gases e cólicas, além de ser um relaxante natural, pois a planta possui efeito calmante, graças aos seus óleos essenciais. Outros benefícios garantidos com o seu uso são o poder analgésico e antiespasmódico, além de ser um bom combatente da herpes labial.

 

Erva-doce

 

 

Nome científico: Pimpinella anisum

 

A erva-doce já era usada pelos antigos egípcios, e devido ao seu sabor agradável, a erva é o ingrediente de diversos alimentos, balas e licores, além de cosméticos como cremes e sabonetes. Além dela ter aroma e sabor muito bons, a erva-doce também é um remédio natural contra os gases, e consumi-la faz com que contrações dolorosas do estômago sejam evitadas. Isso é possível devido ao fato da planta ser fonte de óleos essenciais que atuam na musculatura abdominal. Além de agir contra as cólicas, outros fins medicinais da erva-doce são o tratamento que ela proporciona à gastrite nervosa, bem como enxaquecas. Ela também é famosa por ser um bom purificador de hálito.

Atenção: quando consumida de forma não exagerada, a erva-doce não oferece nenhum risco à saúde. Entretanto, se consumida em altas dosagens, o seu óleo pode causar efeitos tóxicos. O consumo da erva-doce não é indicado para mulheres gestantes.

 

Eucalipto

 

 

Nome científico: Eucalyptus globulus

 

Bastante indicado para a saúde dos pulmões, o eucalipto é fonte de componentes como o citronelol e o eucaliptol, que contribuem para que as secreções fiquem mais fluídas, facilitando assim a eliminação das mesmas. Os taninos do eucalipto ainda contribuem para a redução da quantidade de muco do nosso organismo.

O eucalipto também proporciona a dilatação dos brônquios, tornando mais fácil a saída do catarro. Por estes motivos, as folhas do eucalipto proporcionam benefícios para pessoas que sofrem de problemas respiratórios diversos, como a bronquite e a asma. Quando inalados, os vapores do eucalipto melhoram a nossa respiração, uma vez que eles interferem nos vasos das mucosas nasais.

O óleo essencial desta árvore perfumada ainda parece ser capaz de barrar a reprodução da bactéria que causa a tuberculose. Por fim, o chá de eucalipto abaixa a febre e combate as dores ciáticas e de gota, além de trazer alívio às dores provenientes do reumatismo, estimulando as defesas. A árvore ainda é utilizada na fabricação de antissépticos e repelentes de insetos.

Atenção: Em casos de asma seca, o eucalipto pode proporcionar um efeito contrário, causando ainda mais irritação ao quadro alérgico. Quando utilizado de maneira excessiva, ainda pode causar vômitos, sonolência, transtornos respiratórios e perda da consciência.

Mulheres gestantes, indivíduos que sofrem de doenças inflamatórios, bem como de doenças hepáticas graves, devem evitar o uso do eucalipto. Crianças também não devem usar o óleo essencial da árvore, bem fazer inalação. O eucalipto ainda pode interagir com diversos remédios, como drogas que o fígado metaboliza e antidiabéticos.

 

Guaco

 

 

Nome científico: Mikania glomerata

 

O guaco é originário da região sul do Brasil, e foi muito utilizado pelos indígenas para o tratamento de picadas de cobra. Sua fama, entretanto, se deve pelos efeitos contra os males respiratórios que a planta possui. As folhas do guaco são capazes de trazer alívio aos sintomas da bronquites, tosse e asma, já que elas desempenham uma interessante ação paliativa em casos de doenças respiratórias mais agudos. Além disso, as folhas da planta contribuem para a diminuição do processo inflamatório, e agem como um antimicrobiano natural.

Os compostos do guaco propõe relaxamento aos músculos do aparelho respiratório, além de dilatarem os canais por onde o ar passa. Outros benefícios que tornam o guaco uma das principais plantas medicinais são o seu uso como cicatrizante de úlceras, bem como de feridas, além de ser usado no tratamento de varizes e como emoliente em coceiras e eczemas.

Atenção: o uso do guaco não deve ser feito por mulheres cuja menstruação é abundante, uma vez que ele aumenta o seu fluxo. Quando consumido em doses exageradas, ainda pode causar mal estar, diarreias e vômitos. Seu uso também não é indicado para gestantes, bem como crianças com idade inferior a um ano, indivíduos que sofrem de distúrbios de coagulação e doenças crônicas do fígado.

 

Guaraná

 

 

Nome científico: Paulinia cupana

 

O guaraná já era utilizado pelo indígenas da Amazônia devido às suas propriedades benéficas para a saúde. Poderoso tônico natural, o guaraná combate o estresse e melhora as condições gerais do nosso organismo, além de ser rica fonte de teobromina e cafeína, substâncias que atuam positivamente no sistema nervoso central. As sementes da fruta ainda são fonte de taninos, que controlam a oleosidade da pele e neutralizam as ações nocivas dos radicais livres.

O guaraná também diminui as perturbações gastrointestinais e das cólicas, sendo utilizado ainda no combate à perda da memória, além de ser um analgésico natural.

Atenção: crianças devem evitar o seu consumo, bem como pessoas portadoras de distúrbios cardíacos ou psíquicos, tais como a hiperatividade e a síndrome do pânico. O guaraná também não deve ser consumido junto de outras bebidas que são ricas em cafeína.

 

Hortelã-pimenta

 

 

Nome científico: Mentha piperita

 

A mitologia grega conta que a ninfa Minthe sofreu um encanto, sendo transformada nesta planta quando a esposa traída do deus Plutão descobriu o romance secreto. Plutão, não sendo capaz de desfazer o encanto, deixou o agradável aroma de presente. A hortelã-pimenta é uma erva perfumada e picante, bastante utilizada como tempero. Suas ações medicinais incluem o alívio às cólicas digestivas que ela proporciona, bem como a redução das inflamações dos brônquios.

Fonte de mentol, a erva é capaz de destruir bolhas de e dilatar os brônquios, ação que garante o alívio das congestões nasais. A planta também é fonte de flavonoides, que são substâncias capazes de estimular a vesícula biliar, e princípios amargos, que contribuem para que o estômago trabalhe melhor. O combate à fadiga, aos gases e aos problemas do fígado, bem como o auxílio na digestão, são outros benefícios da hortelã-pimenta.

Atenção: Quando consumida exageradamente, a hortelã-pimenta pode aumentar a acidez estomacal. Seu uso é contra-indicado para mulheres grávidas ou que amamentam, bem como para bebês.

 

Jaborandi

 

Nome científico: Pilocarpus jaborandi

O nome do jaborandi é derivado de yaboran-di, que em tupi-guarani significa planta que faz babar, isto devido ao fato dos indígenas conhecerem a capacidade que a planta tem de estimular a salivação e a sudorese. As folhas do jaborandi têm pilocarpina, uma substância que é capaz de estimular a produção de secreções, incluindo as pulmonares, facilitando assim a eliminação por parte do organismo. Deste modo, a planta é utilizada tanto no combate de inchaços, como expectorante natural. O jaborandi ainda é usado na fabricação de hidratantes para a pele e tônicos capilares.

Atenção: a planta não deve ser utilizada por gestantes, bem como por pessoas que sofrem de broncoespasmos. Além disso, doses exageradas de jaborandi podem causar vômitos e diarreias.

 

Laranja-da-terra

 

 

Nome científico: Citrus aurantium

 

A laranja-da-terra, originária do continente asiático, mais precisamente da região nordeste da Índia, é fonte de sinefrina e propriedades calmantes, além de possuir alto valor nutricional. A planta chegou às Américas pelas mãos dos espanhóis e portugueses no século XVI, mas faz parte da medicina popular chinesa há muito tempo, sendo usada tanto como tônico, como carminativo em tratamentos à dispepsia.

Suas propriedades medicinais incluem efeito sedativo e tranquilizante, ação anti-inflamatória, antibacteriana e fungicida. Além de ser fonte de sinefrina, a laranja-da-terra é colagoga, hipocolesterolêmica, anticancerígena, tônica, emoliente, estimulante vascular e eupéptica, além de ser anticonvulsiva. Deste modo, a laranja-da-terra desempenha um efeito fungicida e antimicrobiano, ajudando a diminuir o colesterol, além de ser um estimulante vascular.

Atenção: você não deve manipular a laranja-da-terra perto do sol, nem aplicá-la na pele nesta mesma condição, caso contrário, ocorrerão manchas e queimaduras. Suplementos que contém o extrato podem causar efeitos colaterais.

 

Louro

 

 

Nome científico: Laurus nobilis

 

Símbolo da glória e da imortalidade na Grécia Antiga, as folhas de louro coroavam os poetas e os heróis olímpicos. A expressão “colher os louros da vitória” teve origem nesta época. O louro também foi um símbolo que os imperadores romanos adotaram.

Os gregos acreditavam que mascar as folhas de louro abriam a percepção para outras realidades, já que na mitologia grega a árvore de louro era consagrada por Apolo. Nos dias atuais, o louro é bastante utilizado com a finalidade de garantir a boa digestão, já que a planta contém taninos, além de substâncias amargas.

O louro ainda age como calmante, anti-séptico e relaxante muscular, aliviando as contusões e as dores.

Atenção: é importante que você não confunda com os demais louros, nativos da América, como o louro sassafrás-americano (Sassafras albidum), o louro-preto (Nectandra amara) e com o louro sassafrás-do-Brasil (Ocotea pretios).

 

Malva

 

 

Nome científico: Malva silvestris

 

A malva foi considerada antídoto contra todos os tipos de males na época do Renascimento Italiano. Fonte de propriedades antibacterianas e anti-inflamatórias, a malva é eficaz no tratamento dos problemas da região da boca. As folhas da planta são capazes de combater as inflamações por conterem mucilagens e antocianina, compostos cujas propriedades são antissépticas. As folhas da malva também são ricas fontes de camazuleno, cuja ação é anti-inflamatória.

Deste modo, o chá de malva é indicado para o tratamento de úlceras gástricas. Os cremes dentais comercializados nos supermercados e farmácias que levam malva em sua composição são inúmeros. A malva ainda é utilizada nas compressas no tratamento dos problemas da pele, já que ela é um hidratante natural, além das já sabidas propriedades antissépticas.

Atenção: não há estudos profundos sobre as contra-indicações, mas é indicado que gestantes não façam uso da malva, bem como utilizá-la por períodos muito longos

 

 

Macela-do-campo

 

 

Nome científico: Achyrocline satureoides

 

A macela-do-campo é originária da América do Sul, sendo utilizada pelos caboclos há centenas de anos, graças à sua ação digestiva e à sua força para o aumento da imunidade, dentre outros benefícios. Os efeitos, constatados e validados cientificamente, incluem ações anti-inflamatórias e analgésicas. Há indícios de que a macela-do-campo também age contra as bactérias que causam a disenteria.

Os óleos essenciais da planta contribuem para a boa digestão e têm efeitos calmantes. Já os ácidos polifenólicos, presentes na planta, contribuem para o aparelho digestivo. A macela-do-campo ainda desempenha ação contra as inflamações, já que ela tem flavonoides. Deste modo, a espécie é uma das principais plantas medicinais utilizadas por nós.

Atenção: pode haver interação entre a planta e os barbitúricos. Seu uso deve ser evitado por mulheres grávidas e pessoas que sofrem de diabetes e/ou hipoglicemia.

Pata-de-vaca

 

 

Nome científico: Bauhinia forficata

 

Estudos brasileiros realizados na década de 1940 apontavam que o chá da pata-de-vaca ajuda a manter os níveis de açúcar no sangue equilibrados, já que a planta é fonte de compostos como os alcaloides e os heterosídeos. Entretanto, por parte dos diabéticos, esta erva é melhor aproveitada por aqueles que não dependem da insulina.

Diabético tipo 1, que necessitam do hormônio sintético, podem usar a erva para complementar o tratamento médico. É importante salientarmos que a dosagem correta somente pode ser estabelecida por um médico. Outros fins medicinais da pata-de-vaca incluem ação diurética e redução dos inchaços cujas origens são circulatórias. As cumarinas da erva ajudam a proteger as paredes dos vasos e desempenham ação anti-inflamatória.

Atenção: Gestantes e pessoas que sofrem de hipoglicemia não devem ingerir a erva. Ela também interage com insulina e com os remédios antidiabéticos. Além disso, ela pode aumentar as evacuações, até mesmo causando diarreia. As partes da pata-de-vaca, bem como tinturas e cápsulas feitas à base da erva, somente devem ser usadas conforme a indicação médica.

 

Pimenta

 

 

Nome científico: Capsicum spp

 

Dentre os diversos tipos de pimenta, podemos destacar a pimenta-do-reino (Piper nigrum), especiaria originária da Índia que os europeus buscavam quando supostamente desembarcaram na América sem querer. Quando chegaram por aqui, conheceram espécies ardidas de outro gênero, o Capsicum, sendo nomeadas de pimenta. Uma das espécies mais comuns no Brasil é a dedo-de-moça, cujo ardor é proveniente de uma substância de nome capsaicina. Já as finalidades medicinais do seu sabor picante incluem facilitar a digestão, aliviar as dores e até mesmo acelerar o metabolismo, contribuindo para aqueles que querem perder peso.

Atenção: pessoas que são muito sensíveis ao ardor da pimenta, bem como aquelas que sofrem de gastrite e úlcera, devem evitar o seu consumo. Quando utilizada em excesso, a pimenta pode provocar hemorroidas.

 

Pitanga

 

 

Nome científico: Eugenia uniflora

 

Na língua tupi-guarani, pitanga (pyrang) significa a cor vermelha. A planta era usada pelos indígenas, e chegou ao sul dos Estados Unidos pelas mãos dos colonizadores, que inclusive levaram para países da Ásia. A pitanga é fonte de vitamina C, e as suas folhas apresentam diversos efeitos terapêuticos, como ação contra bactérias e micro-organismos. Alguns estudos ainda sugerem que a frutinha previne o câncer. Além de ser anti-inflamatória, a pitanga é um calmante natural e também alivia bronquites.

 

Rosa-mosqueta

 

 

Nome científico: Rosa canina

 

As origens desta flor são incertas, e sabe-se que ela já era conhecida e utilizada desde a Roma Antiga devido às suas propriedades cosméticas. O Chile foi o primeiro país da América a receber a espécie, que chegou com os colonizadores espanhóis, e até hoje a planta cresce nas encostas andinas.

A composição da planta inclui vitima C, carotenoide e um óleo que é rico em ácidos graxos insaturados. Seus benefícios incluem a ajuda para que os tecidos se regenerem, o que é bom para a textura da pele. Por também ter ácido trans-retinoico, a rosa-mosqueta contribui para a diminuição das cicatrizes, apagando algumas manchas. Isso é possível devido ao fato da substância acelerar a recuperação dos tecidos. O óleo também previne a formação de estrias.

Atenção: o óleo de rosa-mosqueta é contraindicado para pessoas que têm pele com acne, já que ele pode piorar o quadro. O seu uso deve ser feito pela parte da noite, já que ele causa fotossensibilidade. O seu uso pode causar alergia nas pessoas sensíveis.

 

Tamarindo

 

Nome científico: Tamarindus indica

 

O cultivo de tamarindo é grande na China, no Vietnã e no Paquistão, e a fruta é bem frequente na cozinha de certos países orientais. O benefício que mais confere fama ao alimento é o fato dele ajudar a regular o intestino, atuando como um laxante natural. Rica fonte de ácidos frutosos, gomas e pectinas, o tamarindo ainda age como um vermífugo.

Atenção: apesar dos efeitos do tamarindo na gravidez não serem conhecidos, é preferível que as mulheres gestantes evitam realizar tratamentos à base desta fruta.

 

Tomilho

 

 

Nome científico: Thymus vulgaris

 

O nome “tomilho” deriva de “thymus”, palavra grega que significa coragem. Na Grécia Antiga, as pessoas acreditavam que o tomilho proporcionava um aumento da sabedoria e da força. Atualmente o tomilho está presente na culinária, acentuando o sabor das carnes e peixes, e até mesmo servindo de ingredientes para pratos doces. Além do seu agradável sabor, o tomilho é um antisséptico natural, e essa ação é possível graças aos óleos essenciais da planta, especialmente o timol. O timol ainda desempenha um efeitos expectorando, aliviando assim os sintomas de tosse e da bronquite.

Atenção: remédios caseiros à base de tomilho não devem ser consumidos por pessoas que sofrem de úlceras e/ou hipertireoidismo, bem como crianças com idades menores dos 2 anos, mulheres gestantes e/ou que estão amamentando.

 

Unha-de-gato

 

 

Nome científico: Uncaria tomentosa

 

Os motivos que levam a unha-de-gato à integrar a lista das principais plantas medicinais são diversos, como a ação analgésica e anti-inflamatória que a planta desempenha, já que ela é rica em alcaloides, incluindo a pteropodina e a mitrafilina. Os compostos da unha-de-gato ainda estimulam a produção das células brancas, contribuindo para que o sistema imunológico se fortaleça. Por este motivo, ela é bastante indicada para quem vive se resfriando ou sofrendo de recorrentes infecções. Outros fins medicinais da espécie são a atuação nas inflamações da pele, amigdalite e artrite.

Atenção: seu uso deve ser evitado por parte das crianças, gestantes, mulheres que amamentam, transplantados, portadores de esclerose múltipla e de doenças autoimunes. A unha-de-gato interage com remédios antidepressivos e anti-hipertensivos. Aqueles que sofrem de úlcera devem ter cuidado, já que a planta leva ao aumento da acidez estomacal.

 

Valeriana

 

 

Nome científico: Valeriana officinalis

 

A valeriana era utilizada como sedativo na Roma Antiga, servindo de calmante para os soldados após as intensas e sangrentas batalhas. Já o povo asteca, originária da região onde hoje é o México, utilizavam a erva como forma de obter alívio da fadiga. Diversos estudos apontam que a valeriana possui ação anti-estresse, mas sua principal indicação é para aqueles que têm dificuldade para dormir.

A ação ansiolítica da planta é atribuída ao grupo de ativos que se chamam valepotriatos, cuja ação se dá no sistema nervoso central. Eles aumentam a disponibilidade de determinados neurotransmissores no cérebro, diminuindo a ansiedade.

Atenção: a infusão não deve ser feita por mais de 10 dias seguidos. Gestantes não devem ingerir a infusão de maneira nenhuma. Caso você prefira as cápsulas, busque orientação médica.

 

 

Gostou do Artigo?? Deixe o seu comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.