VIDA DE VEGANO – UMA FILOSOFIA DE VIDA

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Vida de Vegano – Os veganos seguem um estilo de vida que vai muito além da dieta. Excluem o consumo de qualquer alimento ou produto de origem animal, geralmente obtidos por métodos cruéis e exploratórios, como roupas de couro, seda e lã e até cosméticos e medicamentos testados em animais.

Os motivos para essa exclusão são diversos, como saúde, aspectos espirituais e religiosos, mas principalmente por questões que envolvem o meio ambiente e a ética animal. Somente no Brasil, seis bilhões de animais terrestres são abatidos por ano.

Cada animal, precisa de uma determinada quantidade de terra, água, alimento e energia, produz alta quantidade de dejetos e emite, direta e indiretamente, poluentes que são dispersados pelo solo, ar e água, segundo o relatório “Comendo o Planeta: Impactos Ambientais da Criação e Consumo de Animais”, da Sociedade Vegetariana Brasileira.

A criação de animais tem impacto direto em todo ecossistema do planeta, causando inúmeros danos, como a destruição de florestas, perda de biodiversidade, escassez de água doce, poluição da água e do ar e erosão do solo.

Se você se interessa pela alimentação saudável, certamente já procurou algum tipo de conteúdo sobre o vegetarianismo e o veganismo.

É muito comum encontrar materiais que definem a ambos como uma questão de escolha nutricional. Apesar de realmente estarem relacionados a mudanças na alimentação, a opção pelo veganismo vai muito além de uma simples alteração na dieta.

Ser vegano é algo que influencia diretamente nas relações de consumo e na forma como o indivíduo interage com o mundo. Trata-se de um estilo de vida. A mudança na rotina dos adeptos é muito mais intensa do que pensa o senso comum.

 

 

Veja agora alguns aspectos do cotidiano de uma pessoa que são impactados pela escolha do veganismo.

 

Mudanças que vão além da alimentação: o estilo de vida vegano

A filosofia gira em torno do respeito aos direitos dos animais e às questões ambientais. Isso significa que um vegano não consome qualquer produto que utilize subprodutos obtidos a partir da exploração animal (como carne, leite, ovos, mel, queijos, pele, lã, couro etc.).

Também são boicotados os produtos de marcas que realizam testes em animais e até mesmo eventos em que haja exploração animal, como rodeios e zoológicos.

Todas essas mudanças fazem com que os veganos tenham que pesquisar muito antes de escolher o que consumir, desde os alimentos até produtos de higiene, medicamentos, cosméticos e vestuário.

A lista de mudanças é grande. Porém, não apenas os hábitos de consumo são modificados. A seguir, mais alguns aspectos que sofrem mudanças e os principais desafios enfrentados.

 

As dificuldades encaradas no dia a dia pelo Vegano

Diante das diversas restrições impostas, a filosofia vegana requer uma rotina de pesquisas intensas para o consumo de produtos. O problema é que muitas marcas não informam seus procedimentos de testes ou não incluem a informação de que seus produtos contêm ingredientes de origem animal.

Essa dificuldade em obter dados sobre o que está sendo consumido é um dos maiores desafios dos veganos e de pessoas com intolerâncias alimentares e alergias. Alguns grupos de ativistas do veganismo dedicam-se a catalogar e fornecer informações sobre os produtos que são, de fato, livres da exploração animal.

Outro problema encontrado pelos veganos é a falta de compreensão de algumas pessoas em relação à sua filosofia de vida. Os hábitos de um vegano costumam gerar conflitos e polêmicas na família e entre amigos, o que traz dificuldades para quem segue a ideologia.

 

A comunidade vegana

 

Apesar da mudança e das dificuldades encaradas na rotina, os veganos encontraram a chave para fortalecer seus hábitos: o compartilhamento de informações.

Por se tratar de uma escolha que envolve muita pesquisa antes de consumir qualquer coisa, os veganos passaram a criar redes de relacionamento (virtuais ou reais) nas quais há uma extensa troca de conhecimento sobre marcas e produtores que respeitam os direitos dos animais, e também sobre eventos como feiras orgânicas.

Nesses pontos de interação, a cultura vegana se fortalece e seus adeptos podem estreitar relacionamentos e também estender sua rede de consumo. As necessidades dos veganos são bem semelhantes às de qualquer outra pessoa, por isso, estão surgindo cada vez mais empreendedores e marcas com um selo que indica respeito aos direitos dos animais.

 

Principais dificuldades de um vegano

O impacto social é a principal dificuldade enfrentada por uma pessoa vegana. Mesmo com a diversidade de produtos e alimentos que suprem a alimentação de uma pessoa que exclui produtos de origem animal, ainda hoje é difícil encontrar estabelecimentos preparados para atender esse público. Se um vegano parar em uma padaria, só vai conseguir um suco de frutas. Aqui no Brasil temos pouquíssimos lugares que servem opções veganas de leite ou ao menos pão com geleia, tofu ou patê de grão-de-bico.  Além dos locais, pessoas não veganas e não vegetarianas muitas vezes não compreendem esse estilo de vida, o que pode causar bullying e problemas de relacionamento.

 

Dicas para uma dieta vegana

 

 

Além da vitamina B12, outros nutrientes também merecem atenção. No caso do cálcio, a necessidade diária pode ser facilmente atingida com o consumo de vegetais verde-escuros – como couve, repolho e brócolis –, tofu e gergelim, por exemplo. O zinco pode ser encontrado na semente de abóbora, oleaginosas e leguminosas, como feijão e a lentilha. Já o ferro pode ser encontrado no tofu, melado de cana, rapadura, vegetais verde-escuros, leguminosas e gergelim.

Para potencializar a absorção de ferro e zinco no organismo, é indicado associar fontes de vitamina C na mesma refeição, como gotas de limão na comida ou um copo pequeno de suco de laranja, acerola ou caju. Também é importante deixar as leguminosas de molho antes de cozimento para eliminar os fatores antinutricionais que podem atrapalhar a absorção desses minerais e deve-se evitar o consumo de alimentos ricos em cálcio na mesma refeição.

Todas as pessoas precisam ter todos os grupos alimentares na dieta. Se consumir cereais integrais, feijões, frutas, verduras, legumes, castanhas e beber água, obviamente, não tem razão para se preocupar com a alimentação, já que tende a ter uma alimentação mais saudável e melhor.

A dica é equilibrar a dieta e evitar o uso de produtos industrializados. É preciso consumir alimentos frescos e integrais em refeições regulares, com intervalos de não mais do que três horas. Aí a chance de ter saúde é muito grande.

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